A coluna é dividida em 4 partes: cervical (pescoço), torácica (parte do tórax), lombar e sacro (parte final da coluna, praticamente no bumbum, onde as vértebras são fundidas). Cada vértebra tem seu movimento próprio: inclinação para frente e para trás, rotação e inclinação.
Para as atividades do dia a dia, como: andar, levantar, inclinar para frente para pegar algo, é necessário que as vértebras se movimentem entre si, para num contexto mais amplo, ter o movimento geral da coluna. Ou seja, cada segmento da coluna tem um micro movimento que, somados, geram o movimento final da coluna.
Imagina agora que você vai lavar o pé e durante esse movimento em que a coluna inclina para frente e um pouco para o lado, uma das vértebras resolver "travar" nessa posição? Você volta do movimento, e termina seu banho normalmente. Com o passar do tempo, essa vértebra que travou inclinada e rodada, leva a uma adaptação do resto da coluna. As vértebras de cima e de baixo podem então, assumir inclinações e rotações, se adaptando à vértebra fixada.
E o que acontece em seguida?
Essa fixação da vértebra não impede que você continue uma vida normal. Porém, se ela não volta ao normal, pode com o tempo levar à adaptações de outras estruturas.
Nota-se compensações como inclinação do corpo para um lado, ombro mais baixo, cabeça inclinada, ombro mais rodado de um lado, e dessa forma vamos alterando toda a nossa postura para compensar um movimento que está falho, gerando assim uma escoliose.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), em 80% dos casos, a causa é idiopática, ou seja, não tem uma causa claramente definida. Porém é bastante comum ter relação com movimentos que fazemos no dia-a-dia e posturas que adotamos.
Quem tem escoliose pode sentir dores tanto em regiões localizadas na coluna, como em outras ao redor. Quando uma vértebra na coluna se fixa, ela passa a se movimentar menos. Dessa forma as vértebras vizinhas começam a se movimentar mais para compensar a que está fixada. Isso acaba gerando sobrecarga e pode gerar dor.
Sintomas e adaptações posturais:
Os sintomas da escoliose variam para cada indivíduo. Mas, alguns sintomas podem incluir:
✔️ Ombros em alturas diferentes, uma escápula mais proeminente do que a outra
✔️ Cabeça não centrada diretamente acima da pélvis
✔️ Aparência de um quadril proeminente, levantado
✔️ Costelas com alturas diferentes
✔️ Cintura irregular
✔️ Mudanças na aparência ou textura da pele sobre a coluna
✔️ Inclinação do corpo inteiro para um lado
✔️ Proeminência da costela quando dobrada
Tratamento
O tratamento baseia-se em uma análise clínica do paciente.
Avalia-se o paciente nas posturas de frente, de costas e de perfil. Também são observados os movimentos da coluna para identificar as regiões que se movimentam muito ou pouco.
Palpa-se os tecidos para perceber onde tem tensão. Esses tecidos em tensão podem ser os responsáveis por fixar a vértebra.
Alguns testes clínicos também podem ser feitos para avaliar a qualidade dos movimentos da coluna.
Uma vez tendo esses parâmetros, o tratamento consiste em aliviar as tensões dos músculos envolvidos e corrigir a vértebra rodada. Se as adaptações posturais não voltarem também podemos corrigir essas adaptações de uma forma que o corpo volte para o seu melhor alinhamento, e dessa forma, diminuir alterações posturais e dores.
Após essa fase é interessante garantir que os músculos tenham força e resistência suficientes para manter o suporte da coluna. Isso é feito com atividades de força.
Algumas técnicas que podem ajudar nesses casos são a RPG (Reeducação Postural Globalizada) , a Posturologia e o Pilates.
Espaço UNO - Pilates e Fisioterapia
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Fone: (13) 3349-4446 / (13) 98114-4446
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